segunda-feira, 25 de maio de 2009

As novelas da Rede Globo já tiveram gravações em Atenas, Paris, e ate na China . Sempre uns poucos capítulos, em geral para dar um brilho ao começo da história e garantir flashbacks glamourosos ao longo da trama.
Não é o que ocorre em Caminho das Índias.
Do início ao fim, a novela de Glória Perez terá peripécias ambientadas no Rajastão, o maior estado indiano, onde vivem os personagens do núcleo central da história. Ao longo de um mês, uma equipe de quarenta pessoas se dividiu entre cinco cidades indianas e captou imagens de monumentos e palácios, de festas e da vida cotidiana, de cerimônias religiosas e do trânsito caótico. Também foram gravadas cenas com parte do elenco em locais turísticos como o Taj Mahal (que não fica no Rajastão). Manter uma equipe estacionada na Índia pelos sete meses de duração de uma novela seria, contudo, impraticável. Por isso, o drama do amor impossível de Maya (Juliana Paes) e Bahuan (Márcio Garcia) desenrola-se na cidade cenográfica mais imponente da história da Globo. São 12.100 metros quadrados de Índia reproduzidos no Projac, a central de produções da emissora, num trabalho que levou dois meses e envolveu 180 operários, mais sessenta profissionais responsáveis pelo paisagismo e pelos detalhes do cenário. A cidade propriamente dita, com suas ruas, becos, casas, lojas, palácio e templo hindu, ocupa 9 600 metros quadrados. Os outros 2 500 metros quadrados pertencem ao Rio Ganges, construído a partir de um lago artificial que já existia no Projac. Os custos de produção só não explodiram porque esse Rajastão de folhetim aproveitou em grande parte a estrutura da Portelinha de Duas Caras, que ocupava 8 000 metros quadrados. O arruamento e 50% das construções do núcleo indiano são adaptações da favela que movimentou o enredo da novela de Aguinaldo Silva. Com isso, manteve-se o custo por capítulo em 430 000 reais, dentro da média do horário.
Uma verdadeira super produção.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Amor, razão, sanidade e loucura. Com crenças e valores que diferenciam ocidente e oriente, a novela traz para a tela uma história repleta de contrastes. Na trama central, uma paixão proibida entre dois indianos de origem muito diferentes. Maya é esperta, alegre, funcionária de um telemarketing do Rajastão e pertence a uma tradicional família da casta dos comerciantes. Bahuan está se formando nos Estados Unidos, onde trabalha, mas nunca esqueceu as humilhações que passou na infância por ser um dalit (intocável) – parte do contigente humano que os textos sagrados definem como “a poeira aos pés do deus Brahma”, aqueles considerados impuros e condenados a nem mesmo tocar com sua sombra um integrante das altas castas. Este sistema já foi banido pela lei, porém não pelos costumes.
Num mundo onde elefantes são deuses ;
Onde vacas não dão carne , dão sorte;
Onde palacios são provas de amor , não de poder ;
Num mundo onde tudo é possivel , um amor pode ser impossivel. Siga o amor, siga o caminho das indias.